Paisagismo - O primeiro passo
- César Barros Leal Filho

- 6 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de fev. de 2019
Quando se procura um paisagista é inquestionável que se trata de uma necessidade de estabelecer um contato maior com a natureza.
Compramos, inicialmente, flores para vasos, palmeiras para caminhos, arbustos para cantos, gramas para extensões verdes, móveis para as áreas externas e assim sucessivamente. Desejamos criar novas formas de a natureza estar ao nosso lado, a fim de que sejamos cativados pela sua beleza e serenidade.
Almejamos escutar os sons dos pássaros, sentir os aromas das flores e visualizar o jogo de luzes entre os galhos e as folhas das árvores. Ocorre tudo dentro de um contexto inicial contemplativo ou meramente decorativo. No começo, talvez seja mais do que isso.
No entanto, é preciso reconhecer que o paisagismo é mais do que uma bela arte, e sim um chamado.
Para entender melhor toda essa simbologia, seria prudente analisar as nuances da física quântica, estudar a filosofia oriental e mergulhar na cultura de outros povos. A partir dessa compreensão extensiva, percebe-se que a arte de planejar jardins é um estágio inicial, que inspira a busca por novos aprendizados.
Em regra, são empregados diversos estilos de paisagismo que procuram reproduzir culturas, ideologias ou a evolução de paradigmas. São delineadas praticas construtivas, em que a harmonização de elementos naturais e materiais faz-se necessária. Detalhes relacionados ao plantio de espécies vegetais e ao desenho técnico são incorporados à paisagem para integração de pessoas e espaços.
A lógica entra em contato com as aspirações criativas, o que revela um equilíbrio promissor para aquele que procura se integrar com a natureza.
Quando surgem os resultados finais, seja quais foram os meios e suas dimensões, o paisagismo nos mostra outros aspectos a serem refletidos, aprofundados. O sentido das coisas, a nossa função naquele espaço-tempo criado, a representatividade dos pequenos detalhes e a evolução natural da paisagem. Agora, somos criaturas e, sobretudo, criadores. Consequentemente, temos a responsabilidade de ir adiante ou, ao menos, preservar sua memória afetiva.
Nesse tempo, surgem "degraus" superiores de uma escada, o sentimento de contextualização intensifica-se e pequenas revelações ou "insights" podem ser revelados. Não adianta exemplificá-los aqui, até porque se trata de ato de análise muito particular.
Assim, planejar, criar e se inserir cada vez mais nos diversos mundos da natureza tem suas peculiaridades. O paisagismo pode ser, sem dúvida, um dos caminhos iniciais para se alcançar uma consciência maior de tudo que nos cerca. A escolha é sua!








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